Grupo de teatro da Freguesia da Facha
Grupo de teatro da Freguesia da Facha renasceu à 10 anos a esta parte. As raízes do teatro remonta a tempos passados, onde na época de Natal era obrigatório apresentar uma peça, principalmente comédias, que permitia as pessoas da freguesia da Facha espairecer o frio de Dezembro e tornar as noites mais curtas e engraçadas. Era, também, nesta altura que havia mais tempo para os ensaios da peça que iria ser representada no Salão Paroquial da freguesia por volta das Festas do Natal e de Ano Novo.
domingo, 15 de janeiro de 2012
sábado, 14 de janeiro de 2012
Relembrando tempos antigos
No primeiro numero do nosso jornal "A minha terra", publicado em Dezembro de 1966, faz menção á representação feita pela J.A.C.F (Juventude agrária católica femenina)que nessa altura era quem fazia a representação de algumas peças de teatro. Alguns elementos dessa altura já não estão entre nós,e outros a quem o tempo foi roubando um pouco da agilidade de outrora certamente que irão recordar belos momentos passados na sua juventude.
Segundo o jornal " A minha Terra", nos dias 25 e 26 de Dezembro de 1966 e 1 de Janeiro de 1967 pelas 14,30 horas foi levado ao palco o Drama de Santa Inês, com o seguinte programa:
Hino de abertura Homem e Mulher
Caras Feias - Celeste Amorim Tio Anastácio- Maria Alice Freitas
Ando consumida - Maria Arminda Rodrigues Tia Zefa -Mª Fernanda Barros Puga
Nunca - Ilda F.Amorim
As más línguas - Adélia Lopes Caridade
Saloia Minhota Qual das duas?
( comédia)
Zé da Aldeia - Maria das Neves Rodrigues D.Sinfrosa - Maria Judite Barros Puga
Maria da Esquina - Isabel C.Fernandes Mimi (sobrinha) -Miquelina A.Maciel
A Tragédia - Aurora Moreira Fernandes Eva(sósia da mimi) -Rosa AraújoMaciel
Beijos, não- Ester de Puga Barros D.Bárbara(amiga de D.Sinfrosa-Maria
Rodrigues de Barros
D.Paulina (advogada)- Maria das Neves Rodrigues
Conegundes (criada da D.Sinfrosa)- Celina de Fátima da C. Lopes
Júlia (irmã da D.Eva) Lídia F.Costa
O meu rico home
Tia Mariquinhas - Maria Teresa Puga Barros
Tia Aninhas - Alcide da ConceiçãoF.Antunes
Tia Antoninha - Maria Alice de Freitas
Filha - Rosa Amorim
As ciganas - Lolita: Judite Puga Barros Os namorados
Pepita: Maria Teresa P.Barros
Mãe:Júlia Fernandes Costa
Filha:Salomita de Freitas Coelho
João tocador:Maria Ester Costa Alves
O tocador pateta
Catarina (criada)- Júlia Fernandes Costa
Paulina (criada)- Maria da Conceção Guerra
Tocador- Salomita de Freitas Coelho
Maria(criada)- Maria Alice Freitas Coelho
D.Genoveva(dona da casa)-Maria Ester C.Alves
Benzedeira- Maria Rodrigues de Barros
Polícia- Lindalva Pereira Malheiro
O Drama de Santa Inês
Mártir das perseguições romanas do principio do séc.IV (ano 304)
Inês- Mª.Fernanda de Puga Barros
Alfra(escrava do pai de Inês)-Mª.Teresa de
Puga Barros
Emerenciana(irmã colaça de Inês)- Ester de
Barros Puga
Tecla(amiga de Inês)- Mª.Zenaide do Vale
Cerqueira
Lucínia(matrona romana)-MªIsabel daCunha
Fernandes
Aurora(Filha do carcereiro)-Rosa do Vale
Cerqueira
Soldados e Coro
Ponto- Maria Helena Rodrigues de Puga
Ensaiaram as professoras D.Julieta e D.Aurora
domingo, 8 de janeiro de 2012
Comédias Natalícias
Em 07jan2012, o Grupo de Teatro da Facha apresentou mais duas peças, “O julgamento do Samouco” e “Dois mortos vivos” que serão repetidas no dia 14jan2012, no mesmo local.
O salão paroquial encheu (cerca de 150 pessoas) para assistirem às representações do nosso grupo de teatro que, tradicionalmente, entram no “programa” da época natalícia na Facha.
O elenco deste cartaz conta com treze atores, com a particularidade de serem todos novos e, quase todos, ser a sua primeira aventura nesta arte da representação no teatro amador.
Apesar de novos atores, foram brilhantemente enquadrados pelos mais experientes do grupo, demonstrando grande aptidão artística e textos bem ensaiados e o resultado foi uma animada e bem disposta sessão de teatro que muito alegrou a toda a audiência. A não perder.
Resenha histórica do grupo
As origens do grupo de teatro da Facha perdem-se no tempo e na memória dos mais antigos cidadãos desta terra, levando-nos a crer que sempre houve representações de peças de teatro e de comédia ao longo dos tempos, em terras da Facha.
Para Domingos Rodrigues, do Boco, nascido em 1934, os dramas de Santo António, Santa Isabel e Adão e Eva, já se representavam no seu tempo de pequeno, no tempo da guerra civil de Espanha (1936-1939)[i] e mesmo antes. Eram representados em espaços particulares, casas agrícolas, onde as pessoas aderiam nos serões do campo, como a casa da Latada (Arribã), a casa dos Bezerras (Borgonha) ou na fábrica do azeite (Fundego). Os mais antigos dirigentes, ensaiadores e atores que conheceu, foram o Joaquim Barros (da Quinta) da Arribã, José das Coelhas do Forcada e António Bezerra da Porteladia.
…. (outros depoimentos – em atualização)….
A partir dos anos 70 (de 1968 em diante), foram José Maria Sousa, do Eido do Monte, Alexandre Rodrigues de Borgonha e Paulino Puga de Gondim, que deram continuidade e muito dinamizaram o grupo de teatro como principais dirigentes e animadores, no desempenho de funções de ensaiador geral, de ponto ou atores. Estes responsáveis, conjuntamente com todo o grupo, como outros o fizeram no passado, transportaram ao longo dos tempos o saber dos mais antigos, passando-o às gerações mais novas, que, nos últimos tempos, tem tido elevada participação no teatro, levando a que o grupo ascenda a mais de trinta elementos. Assim, prevaleceu, como mais completa e uma das mais antigas obras deste grupo de teatro, o drama de Santo António entre outros dramas, normalmente de caris religiosos e até rábulas cómicas que muito animaram os serões da Facha até aos nossos dias.
Atualmente, o grupo, tem como principais animadores da sua direção o José Didier Martins (lito), José Hilário Coelho, José "Puga" Lima, Alberto Fernandes e Paulino Puga (um dos mais antigos no grupo), que com grande esforço pessoal, dedicação e empenho, preparam representações para as principais festas de ano, nomeadamente, na época do Natal, onde os longos serões são mais propícios aos ensaios. Num contínuo esforço de integração dos mais novos, o grupo de teatro da Facha, tem mantido um número regular de atuações ao longo dos últimos tempos. Recentemente, tem representado em teatros municipais, centros sociais e de idosos, escolas e salões paroquiais, onde tem recebido de todas as audiências, os mais rasgados elogios às capacidades inatas da maioria dos elementos do grupo, constituindo-se, este facto, em grande regozijo, entusiasmo e vontade de continuar de todo o elenco.
Por tudo o que tem feito pela nossa terra e pelo teatro amador, o grupo de teatro da Facha é credor de muito mérito e valor, que todos lhe atribuem ao longo dos últimos setenta anos de atuações mais ou menos regulares, pelo que o seu esforço e disponibilidade devem ser amplamente reconhecidos e apoiados por todos, para que todos juntos, lhes transmitamos força e vontade para continuarem a fazer sempre mais e melhor, pelo teatro e pela nossa terra.
A todos os seus elementos, aos de hoje e aos saudosos de outros tempos o nosso reconhecido, muito obrigado por, através do seu exemplo, continuarem a enriquecer a nossa cultura.
[i] A denominada Guerra Civil Espanhola foi um conflito bélico deflagrado após um fracassado golpe de estado de um setor do exército contra o governo legal e democrático da Segunda República Espanhola. A guerra civil teve início após um pronunciamento dos militares rebeldes, entre 17 e 18 de Julho de 1936, e terminou em 1° de Abril de 1939, com a vitória dos rebeldes e a instauração de um regime ditatorial de caráter fascista, liderado pelo general Francisco Franco.
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